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“Muitas mulheres têm medo de denunciar, não sabem quais são seus direitos e onde ir para denunciar a violência”

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Em entrevista exclusiva à Arpen/MS, o deputado do Mato Grosso do Sul, Marcio Fernandes, fala sobre a Campanha Estadual de Combate ao Feminicídio.

 

O mês de junho, foi o escolhido pelo Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da Secretaria de Estado de Cidadania e Cultura, e Subsecretaria de Políticas Públicas para Mulheres, para lançar a Campanha Estadual de Combate ao Feminicídio. A iniciativa visa sensibilizar e conscientizar a sociedade em respeito às mortes violentas e aos mecanismos legais de proteção à mulher em situação de violência.

 

O deputado estadual e membro da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher e Combate à Violência Doméstica e Familiar, Marcio Fernandes (MDB), abordou em entrevista exclusiva à Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado Mato Grosso do Sul (Arpen/MS), a campanha do estado, além da importância da iniciativa para o público feminino.

 

Confira a íntegra da entrevista:

Em entrevista concedida à Arpen/MS, deputado estadual fala sobre o combate ao feminicídio

 

 

Arpen/MS: Como surgiu a iniciativa de criar uma campanha para combate ao feminicídio?Marcio Fernandes: As campanhas são de extrema importância para que as mulheres tenham consciência sobre quais são seus direitos, não terem medo de denunciar o agressor e assim evitarem o feminicídio. Apenas com a ampla divulgação dos direitos que vamos conseguir combater os crimes.

 

 

Arpen/MS: Quais são os principais objetivos da campanha?
Marcio Fernandes: Conscientizar. A campanha visa conscientizar a vítima e a sociedade sobre a importância de denunciar agressores. O agressor muitas vezes não chega batendo, as agressões começam de forma verbal, vão para física e podem acabar com a vítima perdendo a vida. Então a campanha visa conscientizar sobre as formas de violência: física, moral, patrimonial, sexual e psicológica.

 

 

Arpen/MS: É possível afirmar que o período de isolamento social proporcionou um aumento no número de feminicídio no estado?
Marcio Fernandes: Esses dados precisam ser levantados na Secretaria do Estado de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul (SEJUSP-MS), mas a subsecretária estadual de Políticas Públicas para as Mulheres, Luciana Azambuja, que apresentou dados quando esteve na Assembleia, afirmou que em 2020 foram 40 feminicídios, sendo 12 na Capital e 28 interior. Um aumento de 33%, em relação ao ano de 2019 no Estado, e 120% na Capital. As vítimas tinham entre 17 a 80 anos.

 

 

Arpen/MS: Qual a importância da iniciativa para a população feminina?
Marcio Fernandes: Muitas mulheres têm medo de denunciar, não sabem quais são seus direitos e onde ir para denunciar a violência, e campanhas como essa propagam essa categoria de informação.

 

 

Arpen/MS: Qual a importância de ter campanhas desta temática em lugares públicos, como os cartórios, por exemplo?
Marcio Fernandes: Espaços onde há circulação de pessoas podem contribuir e muito para denunciar casos de mulher em situação de violência. Em algumas situações a vítima só consegue sair acompanhada do agressor e esses locais podem servir de apoio, assim como farmácias, salões e beleza, escolas, entre outros.

 

 

Arpen/MS: Como os cartórios do Estado podem auxiliar no movimento e defesa das mulheres?
Marcio Fernandes: Assim como as farmácias, treinando seus colaboradores para identificarem situações de violência e denunciarem os casos. Usando cartazes e panfletos de conscientização, e ter um olhar atento.

 

 

Fonte: Assessoria de Comunicação Arpen/MS

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