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Projeto Cartórios: “O Registro Civil coloca a sociedade em ordem”

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Em entrevista exclusiva à Arpen/MS, Valdenir Machado, titular de serventia do Segundo Serviço Notarial e de Registro Civil de Panambi, fala sobre os 50 anos à frente do Cartório.

 

Há cinco décadas, o 2° Cartório Notarial e de Registro Civil de Panambi é gerenciado e administrado por um único titular. Muitas mudanças aconteceram na atividade e, passados mais de 50 anos à frente da unidade de Panambi, Valdenir Machado, acompanhou todas elas.

 

 Visando abordar os 50 anos do titular à frente da unidade, assim como as histórias, as mudanças e a importância do registro civil ao longo dos anos, a Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado Mato Grosso do Sul (Arpen/MS), entrevistou o registrador sobre o longo período à frente da unidade.

 

Confira a íntegra da entrevista:

 

 

Em entrevista concedida à Arpen/MS, titular de cartório civil fala sobre os 50 anos no comando da serventia

 

 

Arpen/MS: Como e por qual razão ingressou na atividade?

Valdenir Machado: Me lembro desde jovem que admirava muito o Oficial do Cartório de Ribeirão dos Índios, no Estado de São Paulo, onde eu nasci e cresci. Eu dizia que deveria ser muito bom ser um cartorário, ser um oficial de Registro Civil, porque além de ser bem apresentável, o Oficial era muito respeitado e mostrava muita segurança e responsabilidade. Aí, eu vim para Mato Grosso do Sul, em agosto de 1971, e coincidentemente, entrei para o Cartório Registral de Panambi, no município de Dourados, antigo Estado do Mato Grosso. Em dezembro, assumi a titularidade através de portaria e logo após fiz um concurso, passei e fui efetivado.

 

 

Arpen/MS: Como está estruturado o Cartório no qual é titular?

Valdenir Machado: Acredito estar bem. Meus arquivos são digitais, seguros, com móveis bons e uma equipe treinada para atendimento. Sempre presei ter uma esquipe muito boa. No início, comecei sozinho, depois fomos adquirindo clientes e automaticamente foi aumentando o fluxo de serviço e tive que pegar mais pessoas para me ajudar.

 

 

Arpen/MS: Quais as histórias mais marcantes em seus 50 anos de atividade?

Valdenir Machado:  A grande amizade que conquistei com trabalho sério e honesto. Atendendo a todos da melhor maneira possível. Foi o que sempre me prontifiquei! Quando entrei no Cartório, sabia que ali era preciso ter muita responsabilidade. Foi então, que pensei: vou ter uma responsabilidade e quero sair daqui se Deus quiser pela porta da frente, quando aposentar, quando tiver que deixar o Registro Civil.

 

 

Arpen/MS: Quais as principais mudanças que acompanhou na prática do registro civil ao longo dos anos?

Valdenir Machado: As principais mudanças no registro civil foi a liberalidade de casamentos e de divórcios.  Naquela época (1971), não se falava em hipótese alguma do casamento bissexual, hoje existe e é uma mudança e inovação muito grande. O divórcio, naquela época, o pessoal só poderia se casar uma vez, e não casaria mais. E aí, foi estabelecido a Lei do Divórcio, que deu condições para que todos pudessem ter o seu segundo enlace matrimonial.

 

 

Arpen/MS: Como tem visto os novos avanços relacionados a informatização e interligação dos Cartórios de Registro Civil em todo o Brasil?

Valdenir Machado: Ótimo! O CRC veio para trazer um grande avanço, pois facilita para conseguir uma certidão. Primeiro era muita má vontade do cartorário em fazer as buscas. O cidadão chegava na serventia e pedia uma segunda via de 1900 e antigamente. O cartorário já torcia o bigode e dizia que não tinha, porque teria que procurar naqueles livros grandes, como era antigamente. Todo o registro/serviço da época era feito em livro de abecedário da letra A até Z, então, precisava procurar nos abecedários. Hoje, a CRC facilitou muito! O cidadão chega no meu cartório ou em qualquer serventia digitalizada, e pede uma certidão, e em poucos minutos ele já sabe se o documento está registrado ou não, e em mais cinco minutos ele sai com o documento em mãos. Agora tudo é muito fácil, seguro e traz um grande progresso para a sociedade.

 

 

Arpen/MS: Os Cartórios de Registro Civil são agora considerados Ofícios da Cidadania, podendo realizar convênios com órgãos públicos para a emissão de documentos. Como vê esta conquista da atividade?

Valdenir Machado: Hoje os Cartórios de Registros Civis, com a CRC, facilitaram muito para o cidadão. Deu um progresso muito grande para a sociedade, facilitando que o cidadão, em apenas um momento, já possua o seu registro e já saiba se está averbado ou não. Eu aplaudo o CRC, com certeza absoluta, mas nós precisamos ter condições melhores para o atendimento nos Cartórios de Registros Civis, porque hoje está um fracasso. Os serviços são gratuitos na forma da Lei, e isso, tem dificultado muitos Cartórios, porque as despesas são enormes. Precisamos, que o Governo Federal possa dar melhores condições para o Registro Civil, para que possamos a cada dia mais sermos melhores do que antes.

 

 

Arpen/MS: Em sua opinião, qual a importância dos Cartórios de Registro Civil para a sociedade?

Valdenir Machado: Sem os Registros Civis seria uma grande bagunça, desordenado e sem objetivos. O Registro Civil, coloca a sociedade em ordem, fácil de obter progresso com uma certa coordenação.

 

 

Fonte: Assessoria de Comunicação – Arpen/MS

 

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